Merari Gomes de Souza, Daniele Akemi Arita, Marcos Cláudio Signorelli
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Abstract
ResumoEstudo descritivo, com objetivo descrever o perfil epidemiológico de violência de gênero contra mulheres e meninas no Paraná, Brasil. A amostra consistiu em casos de violência interpessoal e autoprovocada registrados no Sistema de Informação de Agravos de Notificação em 2021 e 2022, e são dados de domínio público. Utilizou-se o programa TabWin, o QGIS versão 3.28.0, e o software Microsoft Excel para a tabulação; a análise foi por distribuição de frequência, percentual e técnica de Moran. Foram registrados 76.017 casos de violência no período, destes, 71.084 (93,5%) foram dados válidos. Observou-se prevalência de violência em mulheres e meninas (73,0%), brancas (63,3%), faixa etária de 20 a 34 anos, (29,0%), seguida de 10 a 19 anos (27,6%), escolaridade de 5ª a 8ª série incompleta do ensino fundamental (20,9%). Houve predominância da violência física e a residência (82,1%) foi o local de ocorrência mais frequente. Pato Branco foi a região de saúde que apresentou maior incidência (1.346 casos/100.000 mulheres), e Francisco Beltrão foi a região com índice de autocorrelação espacial significativa (p=0,01) entre os seus municípios. Quanto à lesão autoprovocada (32,52%), destaque para elevado índice de reincidência dos casos (45,7%). A exposição de mulheres e meninas ao agravo, evidenciou a importância de compreender o fenômeno, investimento em ações de promoção da saúde unificada, promoção da cultura de paz e a prevenção da violência de gênero. Ademais, demanda atuação transversal e multidisciplinar, bem como proposição de atividades educativas com foco na construção de vínculos de solidariedade e respeito às diversidades.Palavras-chave: Saúde Pública; Sistema Único de Saúde; Vigilância em Saúde e Epidemiologia; Violência; Equidade