A. G. B. M. Albuquerque, Evangelina Maria Brito de Faria, Christiane Maria de Oliveira
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Abstract
As fake news devastam reputações nas redes sociais digitais. A partir de um levantamento do Laboratório de Estudos sobre Imagem e Cibercultura (Labic-UFES), verificamos que os enunciados deflagradores da difamação de Marielle Franco (PSOL-RJ) continuam acessíveis, multiplicáveis e constituem um enredo difamatório, mais de quatro anos depois da execução da vereadora. O objetivo deste artigo é analisar cinco enunciados desse enredo, com base nas noções de cronotopos e axiologia, formuladas por Bakhtin, Medviédev e Volóchinov e na concepção de pontos de vista, articulada por estudiosos da teoria dialógica. Devido à esfera da atividade discursiva, também lançamos mão de teorias da comunicação e da cultura. Concluímos que a replicabilidade, a buscabilidade e o maniqueísmo, típicos das redes sociais digitais, favorecem a disseminação das fake news, do discurso do ódio, valores e comportamentos contrários aos pobres, negros, mulheres, pessoas LGBTQIA+, ideias e grupos políticos defensores dos direitos desses segmentos da sociedade.