{"title":"PAISAGENS biogeocorpográficas Visuais","authors":"Marcos Antônio Bessa-Oliveira","doi":"10.55028/cesc.v2i28.18297","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"Este trabalho é um misto de discussões: 1) um debate crítico considerando como ponto de partida parte da ementa de um evento que participei em 2013: o colóquio temático “Outras linguagens geográficas”, para o qual fui convidado a participar como expositor (nos eventos XXI Encontro Sul-Mato-Grossense de Geógrafos / V Encontro Regional de Geografia na Universidade Federal da Grande Dourados – em conjunto com a Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul e com a Associação dos Geógrafos Brasileiros (Seção Dourados) –, com o tema “O chão é um ensino”: teorias e voos da criação), que indicava que a minha reflexão crítica sobre “linguagem pictórica” é entendida como “estudos e pesquisas sobre as possibilidades de produção do conhecimento geográfico a partir de linguagens consideradas “não científicas” [...]”. Avaliando essa hipótese, não vou propor pensar a produção artístico-plástica de Mato Grosso do Sul como ciência, mas a “linguagem pictórica” local (tanto na teoria, quanto nas práticas artística e pedagógica) como outra episteme crítica: “paisagens biogeocorpográficas visuais” para entender o local. Quero dizer com isso que alguns aspectos já consagrados na cultura artística sul-mato-grossense serão fundamentais para a reflexão: a) (re)visão da inscrição da produção artística sul-mato-grossense num lugar geoistórico particular; b) o Estado como lócus cultural geográfico específico – de fronteiras internacionais; limites nacionais; “multiplicidade” cultural; transitoriedade de sujeitos e identidades culturais; abundância de produções artísticas e “artistas” locais; o Estado-nação como o maior patrocinador cultural etc -; c) a história da História da Arte como a única leitura crítica das produções locais; e d) alguns artistas como propositores biogeovisuais com suas especificidades corpográficas das paisagens locais. 2) quero evidenciar que este texto antes apresentado/publicado (2013) já era o início de uma discussão e constituição da episteme biogeocorpográfica fronteiriça como tenho evidenciado nos últimos anos. Pois, amparado na crítica biogeográfica fronteiriça, como pensamento descolonial e em teóricos de outras “ciências” das humanidades é que posso falar em estética outra epistêmica para pensar as produções culturais locais por fora de conceitos, histórias e formulações crítico-discursivas globais.","PeriodicalId":404404,"journal":{"name":"CADERNOS DE ESTUDOS CULTURAIS","volume":"34 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2023-03-27","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"CADERNOS DE ESTUDOS CULTURAIS","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.55028/cesc.v2i28.18297","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
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Abstract
Este trabalho é um misto de discussões: 1) um debate crítico considerando como ponto de partida parte da ementa de um evento que participei em 2013: o colóquio temático “Outras linguagens geográficas”, para o qual fui convidado a participar como expositor (nos eventos XXI Encontro Sul-Mato-Grossense de Geógrafos / V Encontro Regional de Geografia na Universidade Federal da Grande Dourados – em conjunto com a Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul e com a Associação dos Geógrafos Brasileiros (Seção Dourados) –, com o tema “O chão é um ensino”: teorias e voos da criação), que indicava que a minha reflexão crítica sobre “linguagem pictórica” é entendida como “estudos e pesquisas sobre as possibilidades de produção do conhecimento geográfico a partir de linguagens consideradas “não científicas” [...]”. Avaliando essa hipótese, não vou propor pensar a produção artístico-plástica de Mato Grosso do Sul como ciência, mas a “linguagem pictórica” local (tanto na teoria, quanto nas práticas artística e pedagógica) como outra episteme crítica: “paisagens biogeocorpográficas visuais” para entender o local. Quero dizer com isso que alguns aspectos já consagrados na cultura artística sul-mato-grossense serão fundamentais para a reflexão: a) (re)visão da inscrição da produção artística sul-mato-grossense num lugar geoistórico particular; b) o Estado como lócus cultural geográfico específico – de fronteiras internacionais; limites nacionais; “multiplicidade” cultural; transitoriedade de sujeitos e identidades culturais; abundância de produções artísticas e “artistas” locais; o Estado-nação como o maior patrocinador cultural etc -; c) a história da História da Arte como a única leitura crítica das produções locais; e d) alguns artistas como propositores biogeovisuais com suas especificidades corpográficas das paisagens locais. 2) quero evidenciar que este texto antes apresentado/publicado (2013) já era o início de uma discussão e constituição da episteme biogeocorpográfica fronteiriça como tenho evidenciado nos últimos anos. Pois, amparado na crítica biogeográfica fronteiriça, como pensamento descolonial e em teóricos de outras “ciências” das humanidades é que posso falar em estética outra epistêmica para pensar as produções culturais locais por fora de conceitos, histórias e formulações crítico-discursivas globais.