PERFIL DA APTIDÃO FÍSICA DE CRIANÇAS DA HOMESCHOOL - USA

Abstract

O objetivo do estudo foi descrever o nível de aptidão física de crianças educadas por homeschool. Participaram do estudo 17 crianças com idade entre cinco a 14 anos (9,88±2,2), sendo nove meninos e oito meninas da região sudeste dos EUA. O teste Fitnessgram foi utilizado para avaliar 5 componentes de saúde relacionados ao fitness: a) Body Mass Index (IMC) b); Curl-up (força e resistência abdominal); c) 90º Push-up (flexão/força e resistência do tronco e membros superiores); d) Pacer (corrida/capacidade aeróbica); e e) Back-Saver Sit and Reach (sentar e alcançar/flexibilidade). Apenas crianças com idade acima de nove anos participaram da corrida. No Índice de Massa Corporal (IMC), 15 (88,2%) das 17 crianças apresentaram o nível recomendado, enquanto duas (11,8%) ficaram acima. Doze crianças atingiram o número mínimo recomendado nos testes de abdominal (70,6%), oito na flexão (47,1%) e 15 (88,2%) na flexibilidade. No teste de corrida apenas uma criança (11,1%) das nove conseguiu alcançar o número de voltas recomendado. Entre os subtestes de aptidão física, o IMC dos escolares se encontra dentro dos padrões de normalidade. Assim, pode-se afirmar que essas crianças estão fora da zona de risco para doenças características da síndrome metabólica. Adicionalmente, as crianças apresentaram bom desempenho no teste de flexibilidade. Porém, a força e resistência muscular das mesmas apresentaram números insatisfatórios, pois 29,4% não atingiram o recomendado no teste abdominal e 62,9% no teste de flexão. O fato preocupante foi que 88,9% não passaram no teste de corrida. Esta variável é importante, pois está diretamente relacionada com a saúde cardiorrespiratória. Valores baixos de aptidão cardiorrespiratória estão associados ao comportamento sedentário e excesso de peso futuro. Esse estudo indica que existe prevalência considerável de inaptidão física entre as crianças da homeschool, fato que nos faz pensar e sugerir mais estudos com essa população para que possamos considerar esses achados para a realidade nacional. Talvez deva ser dada melhor orientação para a família dos homeschools e dos não escolares.