COVID-19 AND AGING: challenges in facing the pandemic/ COVID-19 E ENVELHECIMENTO: desafios ao enfrentar uma pandemia/ COVID-19 Y ENVEJECIMIENTO: desafíos para enfrentar una pandemia

F. T. D. Galiza, J. M. Nogueira
{"title":"COVID-19 AND AGING: challenges in facing the pandemic/ COVID-19 E ENVELHECIMENTO: desafios ao enfrentar uma pandemia/ COVID-19 Y ENVEJECIMIENTO: desafíos para enfrentar una pandemia","authors":"F. T. D. Galiza, J. M. Nogueira","doi":"10.26694/2238-7234.911-3","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"O mundo foi surpreendido, nos últimos dias, pelo alto poder de contágio do novo coronavírus (SARS-Cov-2), causador da COVID-19 - doença respiratória aguda, por vezes grave. Este vírus tem exigido dos serviços e profissionais de saúde utilizar toda sua capacidade de infraestrutura e conhecimento, para intermediar o atendimento ao número cada vez mais crescente de pessoas infectadas pelo coronavírus. Além disso, a comunidade científica e acadêmica vem desenvolvendo um árduo trabalho na elaboração de material técnico/científico para atender as demandas de entendimento e enfrentamento a essa problemática.Ao contrário das muitas incertezas acerca dessa nova infecção, é de conhecimento que a população idosa apresenta maior vulnerabilidade às formas graves da doença e maior risco de morrer, em especial idosos frágeis, portadores de comorbidades e residentes de Instituições de Longa Permanência para Idosos (ILPIs). Estudo(1) aponta que a curva de mortalidade tem se mostrado crescente conforme o aumento da idade, sendo de 3,6% para idosos entre 60-69 anos, de 8% na faixa entre 70-79 anos e de 14,8% naqueles com 80 anos ou mais.Essas evidências têm implicações importantes para a organização das ações no controle da doença, e favorece o reconhecimento de algumas problemáticas frente a esse processo. Ganha destaque, a capacidade dos serviços de saúde em atender a maior procura, em especial dos mais velhos, pelo atendimento de maior complexidade, como as Unidades de Terapia Intensiva (UTIs), que dispõem de suporte ventilatório assistido e equipe altamente especializada.Esses serviços são escassos e caros, mesmo o Brasil possuindo um alto número de leitos em UTIs, em relação a outros países desenvolvidos, não será suficiente para atender ao grande número de infectados em estado grave. O que brevemente, pode gerar um colapso nos serviços de saúde brasileiro.Esse desequilíbrio entre a grande procura por atendimento de saúde e a falta de leitos e equipamentos adequados, provavelmente, obrigará aos profissionais de saúde estabelecer critérios de admissão nesses serviços, considerando maior chance de sobrevida, e também os pacientes que viverão por mais tempo após serem salvos.Acrescenta-se, ainda, a escassez de expertises na área de geriatria e gerontologia para fornecer o atendimento mais próximo ao esperado. Ou seja, as barreiras de acesso aos serviços de saúde já existentes à população envelhecida, correm o risco de aumentar a marginalização dos idosos no país.Outra questão a ser enfatizada, diz respeito aos idosos residentes em IPLIs. Essas instituições ganharam maior atenção da Organização Mundial de Saúde (OMS) por aglomerarem grande quantitativo da população mais afetada pela COVID-19, idosos com mais de 80 anos, frágeis e portadores de doenças crônicas. As políticas e recomendações dos órgãos internacionais e nacionais de saúde chamam atenção para os meios de prevenção e cuidados a serem prestados nesses locais, a fim de minimizar o alto índice de contágio e, consequentemente, de letalidade que tem afetado esses ambientes(2).O grande desafio tem sido a orientação de funcionários e visitantes para meios preventivos e organizacionais no funcionamento dessas instituições, diante da nova realidade vivenciada. Precárias estruturas físicas das ILPIs, escassez de equipamentos de proteção individual, lacuna no quadro de profissionais capacitados para manejo dos idosos infectados, são alguns dos fatores que preocupam as agências de saúde quanto às condições laborais e de vida nos asilos do país.Outro aspecto a ser discutido, diz respeito à capacidade dos idosos de se adequarem às medidas de controle sanitário impostas pelas autoridades públicas. Muitos idosos, em especial os que vivem sozinhos ou necessitam de cuidadores, já experimentam o distanciamento social e as consequências do mesmo, como restrição para a obtenção de alimentos e outros suprimentos essenciais, além do isolamento afetivo. Com a generalização das condições de quarentena e uma frágil rede de apoio, essa população terá dificuldades para manter a qualidade de vida dentro dos parâmetros desejados(3).Materiais técnicos e educativos estão sendo elaborados e distribuídos pelas mídias digitais para orientar idosos, familiares e cuidadores sobre a COVID-19 e todos os aspectos envolvidos. Porém, os formuladores dessas políticas e ações devem considerar que um grande número de idosos reside em países de baixa e média renda, é analfabeto e não manuseia aparelhos de mídias digitais com maior praticidade, prejudicando, assim, na eficácia da difusão desse emergente conhecimento.Não importa a que nível de planejamento setorial as ações estão sendo elaboradas, é fundamental atender as necessidades inerentes às diversas faixas etárias da população. É exigido, portanto, que especialistas na área de geriatria e gerontologia unam saberes e esforços para orientar as melhores condutas a serem implementadas junto aos idosos, nos seus diferentes contextos, para o enfrentamento da COVID-19. Com isso, acredita-se que essa pandemia sensibilize as autoridades em saúde para reverem as já ultrapassadas prioridades de saúde global.","PeriodicalId":176277,"journal":{"name":"Revista de Enfermagem da UFPI","volume":"1 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2020-05-31","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Revista de Enfermagem da UFPI","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.26694/2238-7234.911-3","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
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Abstract

O mundo foi surpreendido, nos últimos dias, pelo alto poder de contágio do novo coronavírus (SARS-Cov-2), causador da COVID-19 - doença respiratória aguda, por vezes grave. Este vírus tem exigido dos serviços e profissionais de saúde utilizar toda sua capacidade de infraestrutura e conhecimento, para intermediar o atendimento ao número cada vez mais crescente de pessoas infectadas pelo coronavírus. Além disso, a comunidade científica e acadêmica vem desenvolvendo um árduo trabalho na elaboração de material técnico/científico para atender as demandas de entendimento e enfrentamento a essa problemática.Ao contrário das muitas incertezas acerca dessa nova infecção, é de conhecimento que a população idosa apresenta maior vulnerabilidade às formas graves da doença e maior risco de morrer, em especial idosos frágeis, portadores de comorbidades e residentes de Instituições de Longa Permanência para Idosos (ILPIs). Estudo(1) aponta que a curva de mortalidade tem se mostrado crescente conforme o aumento da idade, sendo de 3,6% para idosos entre 60-69 anos, de 8% na faixa entre 70-79 anos e de 14,8% naqueles com 80 anos ou mais.Essas evidências têm implicações importantes para a organização das ações no controle da doença, e favorece o reconhecimento de algumas problemáticas frente a esse processo. Ganha destaque, a capacidade dos serviços de saúde em atender a maior procura, em especial dos mais velhos, pelo atendimento de maior complexidade, como as Unidades de Terapia Intensiva (UTIs), que dispõem de suporte ventilatório assistido e equipe altamente especializada.Esses serviços são escassos e caros, mesmo o Brasil possuindo um alto número de leitos em UTIs, em relação a outros países desenvolvidos, não será suficiente para atender ao grande número de infectados em estado grave. O que brevemente, pode gerar um colapso nos serviços de saúde brasileiro.Esse desequilíbrio entre a grande procura por atendimento de saúde e a falta de leitos e equipamentos adequados, provavelmente, obrigará aos profissionais de saúde estabelecer critérios de admissão nesses serviços, considerando maior chance de sobrevida, e também os pacientes que viverão por mais tempo após serem salvos.Acrescenta-se, ainda, a escassez de expertises na área de geriatria e gerontologia para fornecer o atendimento mais próximo ao esperado. Ou seja, as barreiras de acesso aos serviços de saúde já existentes à população envelhecida, correm o risco de aumentar a marginalização dos idosos no país.Outra questão a ser enfatizada, diz respeito aos idosos residentes em IPLIs. Essas instituições ganharam maior atenção da Organização Mundial de Saúde (OMS) por aglomerarem grande quantitativo da população mais afetada pela COVID-19, idosos com mais de 80 anos, frágeis e portadores de doenças crônicas. As políticas e recomendações dos órgãos internacionais e nacionais de saúde chamam atenção para os meios de prevenção e cuidados a serem prestados nesses locais, a fim de minimizar o alto índice de contágio e, consequentemente, de letalidade que tem afetado esses ambientes(2).O grande desafio tem sido a orientação de funcionários e visitantes para meios preventivos e organizacionais no funcionamento dessas instituições, diante da nova realidade vivenciada. Precárias estruturas físicas das ILPIs, escassez de equipamentos de proteção individual, lacuna no quadro de profissionais capacitados para manejo dos idosos infectados, são alguns dos fatores que preocupam as agências de saúde quanto às condições laborais e de vida nos asilos do país.Outro aspecto a ser discutido, diz respeito à capacidade dos idosos de se adequarem às medidas de controle sanitário impostas pelas autoridades públicas. Muitos idosos, em especial os que vivem sozinhos ou necessitam de cuidadores, já experimentam o distanciamento social e as consequências do mesmo, como restrição para a obtenção de alimentos e outros suprimentos essenciais, além do isolamento afetivo. Com a generalização das condições de quarentena e uma frágil rede de apoio, essa população terá dificuldades para manter a qualidade de vida dentro dos parâmetros desejados(3).Materiais técnicos e educativos estão sendo elaborados e distribuídos pelas mídias digitais para orientar idosos, familiares e cuidadores sobre a COVID-19 e todos os aspectos envolvidos. Porém, os formuladores dessas políticas e ações devem considerar que um grande número de idosos reside em países de baixa e média renda, é analfabeto e não manuseia aparelhos de mídias digitais com maior praticidade, prejudicando, assim, na eficácia da difusão desse emergente conhecimento.Não importa a que nível de planejamento setorial as ações estão sendo elaboradas, é fundamental atender as necessidades inerentes às diversas faixas etárias da população. É exigido, portanto, que especialistas na área de geriatria e gerontologia unam saberes e esforços para orientar as melhores condutas a serem implementadas junto aos idosos, nos seus diferentes contextos, para o enfrentamento da COVID-19. Com isso, acredita-se que essa pandemia sensibilize as autoridades em saúde para reverem as já ultrapassadas prioridades de saúde global.
COVID-19和老龄化:应对大流行的挑战/ COVID-19和老龄化:应对大流行的挑战/ COVID-19和老龄化:应对大流行的挑战
在过去的几天里,世界对新型冠状病毒(SARS- cov -2)的高传染性感到惊讶,这种病毒是COVID-19的病因,COVID-19是一种急性、有时是严重的呼吸道疾病。这一病毒要求卫生服务和专业人员利用其所有基础设施和知识能力,为越来越多的冠状病毒感染者提供中间护理。此外,科学界和学术界一直在努力编写技术/科学材料,以满足理解和处理这一问题的需要。与这种新感染的许多不确定性相反,众所周知,老年人口更容易感染这种严重疾病,死亡风险也更大,特别是身体虚弱的老年人、合并症携带者和老年人长期护理机构(ILPIs)的居民。研究(1)指出,死亡率曲线随着年龄的增长而增加,60-69岁的死亡率为3.6%,70-79岁的死亡率为8%,80岁及以上的死亡率为14.8%。这一证据对疾病控制行动的组织具有重要意义,并有助于认识到这一过程中的一些问题。值得注意的是,卫生服务能够满足更大的需求,特别是老年人的需求,提供更复杂的护理,如重症监护病房(icu),它有辅助呼吸支持和高度专业化的工作人员。这些服务稀缺且昂贵,即使巴西与其他发达国家相比,icu的床位数量很高,也不足以满足大量严重感染患者的需求。这可能很快导致巴西医疗服务的崩溃。对医疗保健的巨大需求与缺乏适当的床位和设备之间的这种不平衡,很可能迫使卫生专业人员制定这些服务的入院标准,考虑到更大的生存机会,以及患者在得救后将活得更长。此外,在老年病学和老年学领域缺乏专门知识,无法提供最接近预期的护理。换句话说,老年人口获得保健服务的现有障碍有可能加剧该国老年人的边缘化。另一个需要强调的问题是居住在IPLIs的老年人。这些机构受到了世界卫生组织(世卫组织)的更多关注,因为它们聚集了大量受COVID-19影响最严重的人群、80岁以上的老年人、体弱多病和慢性病患者。国际和国家卫生机构的政策和建议提请注意在这些地方提供的预防和护理手段,以尽量减少影响这些环境的高感染率和致死率(2)。最大的挑战是指导工作人员和访客在这些机构的运作中采取预防和组织手段,面对新的现实。ILPIs的物理结构不稳定、缺乏个人防护设备、缺乏训练有素的专业人员来管理受感染的老年人,这些都是使卫生机构对该国养老院的工作和生活条件感到关切的一些因素。另一个需要讨论的方面是老年人适应公共当局实施的卫生控制措施的能力。许多老年人,特别是那些独自生活或需要照顾者的老年人,已经经历了社会距离及其后果,例如限制获得食物和其他必需品,以及情感上的孤立。随着隔离条件的普遍化和脆弱的支持网络,这一人群将难以将生活质量维持在预期参数内(3)。正在编制技术和教育材料,并通过数字媒体分发,以指导老年人、家庭成员和照顾者了解COVID-19及其所有相关方面。然而,这些政策和行动的制定者必须考虑到,大量老年人生活在低收入和中等收入国家,他们是文盲,不使用更实用的数字媒体设备,从而损害了这一新兴知识传播的有效性。无论在哪个部门规划级别拟订行动,都必须满足人口各年龄组的内在需要。 因此,老年病学和老年学领域的专家需要联合知识和努力,指导老年人在不同情况下实施的最佳行为,以应对COVID-19。因此,人们认为,这次大流行将提高卫生当局的认识,以审查已经过时的全球卫生优先事项。
本文章由计算机程序翻译,如有差异,请以英文原文为准。
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