{"title":"A ciência e a ordem social: ensaios para disrupção do antropoceno","authors":"J. Nhacuongue","doi":"10.18617/liinc.v18i1.5950","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"A conscientização sobre os riscos de degradação ambiental, colapso ecológico e exacerbação das desigualdades sociais, ainda suscita questionamentos sobre os efeitos do progresso científico-tecnológico e sobre a racionalidade econômica. Neste ensaio objetiva-se discutir o antropoceno na perspectiva do desenvolvimento sustentável, procurando situar os elementos para sua disrupção a partir do papel da ciência. Assim, os seguintes questionamentos tornam-se direcionadores: em que planos a hibridização de saberes e de culturas pode ser articulada no contexto da racionalidade ambiental pela ciência? Quais são os desafios enleados à sistematização dos saberes tradicionais na Ciência da Informação? A pesquisa utiliza métodos de pesquisa bibliográfica, numa abordagem qualitativa. O marco teórico é estabelecido na vertente da epistemologia social, a partir de estudos de ciência, tecnologia e sociedade. A discussão sobre ciência e ordem social mostrou a necessidade do fortalecimento da consciência sobre a ética e os valores da ciência, para o entrelaçamento das pautas científicas com os problemas da sociedade. Também indicou que a revolução dos campos científicos não só propicia paradigmas emergentes, a partir dos quais se pode encontrar soluções para superar o antropoceno, como também permite a interdisciplinaridade. A sistematização dos saberes tradicionais requer a sua consideração enquanto conjunto de saberes, tradições, linguagens, símbolos e rituais, objetos, gestos, crenças, valores, etc., dispersos em várias manifestações das vivências dos povos e comunidades tradicionais. E, repensar de modo crítico as teorias, os métodos, os processos, as linguagens, os sistemas, as tecnologias, etc. para sua organização e representação","PeriodicalId":127590,"journal":{"name":"Liinc em Revista","volume":"1 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2022-05-23","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"1","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Liinc em Revista","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.18617/liinc.v18i1.5950","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
引用次数: 1
Abstract
A conscientização sobre os riscos de degradação ambiental, colapso ecológico e exacerbação das desigualdades sociais, ainda suscita questionamentos sobre os efeitos do progresso científico-tecnológico e sobre a racionalidade econômica. Neste ensaio objetiva-se discutir o antropoceno na perspectiva do desenvolvimento sustentável, procurando situar os elementos para sua disrupção a partir do papel da ciência. Assim, os seguintes questionamentos tornam-se direcionadores: em que planos a hibridização de saberes e de culturas pode ser articulada no contexto da racionalidade ambiental pela ciência? Quais são os desafios enleados à sistematização dos saberes tradicionais na Ciência da Informação? A pesquisa utiliza métodos de pesquisa bibliográfica, numa abordagem qualitativa. O marco teórico é estabelecido na vertente da epistemologia social, a partir de estudos de ciência, tecnologia e sociedade. A discussão sobre ciência e ordem social mostrou a necessidade do fortalecimento da consciência sobre a ética e os valores da ciência, para o entrelaçamento das pautas científicas com os problemas da sociedade. Também indicou que a revolução dos campos científicos não só propicia paradigmas emergentes, a partir dos quais se pode encontrar soluções para superar o antropoceno, como também permite a interdisciplinaridade. A sistematização dos saberes tradicionais requer a sua consideração enquanto conjunto de saberes, tradições, linguagens, símbolos e rituais, objetos, gestos, crenças, valores, etc., dispersos em várias manifestações das vivências dos povos e comunidades tradicionais. E, repensar de modo crítico as teorias, os métodos, os processos, as linguagens, os sistemas, as tecnologias, etc. para sua organização e representação