{"title":"Entre guardar e jogar fora: práticas de acúmulo e despojamento na cultura material","authors":"Ana Claudia Camila Veiga De França","doi":"10.12957/arcosdesign.2023.73223","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"Este artigo circunscreve o seguinte argumento: práticas de despojamento na cultura material constituem narrativas biográficas, de pessoas e de artefatos, estabelecendo e amparando rupturas e transformações em suas trajetórias. Para sustentar este argumento me apoio em teorias do consumo e da cultura material propostas por Barbosa (2004), Miller (2007, 2013) e Stallybrass (2008), e na exposição de práticas de acúmulo e despojamento descritas em investigações relacionadas à temática. Como resultado, destaco a possibilidade de compreender tais práticas como parte constitutiva de uma economia dos relacionamentos e das memórias, uma vez que podem apoiar perdas, corporificar memórias, atualizar biografias e relacionamentos e, inclusive, prolongar o uso de determinados artefatos. Para designers, considerar estas práticas, na esteira das discussões sobre a cultura material, oferece perspectivas mais amplas sobre o mundo material e suas implicações na vida das pessoas. ","PeriodicalId":131617,"journal":{"name":"Arcos Design","volume":"101 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2023-07-11","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Arcos Design","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.12957/arcosdesign.2023.73223","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
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Abstract
Este artigo circunscreve o seguinte argumento: práticas de despojamento na cultura material constituem narrativas biográficas, de pessoas e de artefatos, estabelecendo e amparando rupturas e transformações em suas trajetórias. Para sustentar este argumento me apoio em teorias do consumo e da cultura material propostas por Barbosa (2004), Miller (2007, 2013) e Stallybrass (2008), e na exposição de práticas de acúmulo e despojamento descritas em investigações relacionadas à temática. Como resultado, destaco a possibilidade de compreender tais práticas como parte constitutiva de uma economia dos relacionamentos e das memórias, uma vez que podem apoiar perdas, corporificar memórias, atualizar biografias e relacionamentos e, inclusive, prolongar o uso de determinados artefatos. Para designers, considerar estas práticas, na esteira das discussões sobre a cultura material, oferece perspectivas mais amplas sobre o mundo material e suas implicações na vida das pessoas.