{"title":"A constituição do sujeito caiçara pela ordem da língua e do trabalho","authors":"A. Silva, G. Rasia","doi":"10.15210/rle.v24i3.20067","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"Este estudo, ancorado na Análise de Discurso Francesa (AD), atenta para os modos como o sujeito caiçara, habitante do litoral paranaense, é significado na escola e no ambiente de trabalho. Partimos do pressuposto teórico da (AD) de que sujeitos e sentidos constituem-se mutuamente. Assim, os gestos de análise são conduzidos na direção de compor a tessitura histórico-social na perspectiva de responder, a partir do jogo das formações imaginárias, quem é esse sujeito, resposta esta tecida a partir do olhar do empregador e da escola e materializada na língua. Essa trama constitui um imaginário depreciativo acerca do sujeito caiçara, alguém alheio às injunções da ordem capitalista do trabalho, bem como alijado de um registro linguístico socialmente aceitável. A escola, por sua vez, sustenta e reproduz esse imaginário de exclusão e de insucesso. Nas falas dos sujeitos caiçaras, procuramos identificar espaços de resistência a esse imaginário.","PeriodicalId":433596,"journal":{"name":"Revista Linguagem & Ensino","volume":"10 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2021-10-01","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Revista Linguagem & Ensino","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.15210/rle.v24i3.20067","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
引用次数: 0
Abstract
Este estudo, ancorado na Análise de Discurso Francesa (AD), atenta para os modos como o sujeito caiçara, habitante do litoral paranaense, é significado na escola e no ambiente de trabalho. Partimos do pressuposto teórico da (AD) de que sujeitos e sentidos constituem-se mutuamente. Assim, os gestos de análise são conduzidos na direção de compor a tessitura histórico-social na perspectiva de responder, a partir do jogo das formações imaginárias, quem é esse sujeito, resposta esta tecida a partir do olhar do empregador e da escola e materializada na língua. Essa trama constitui um imaginário depreciativo acerca do sujeito caiçara, alguém alheio às injunções da ordem capitalista do trabalho, bem como alijado de um registro linguístico socialmente aceitável. A escola, por sua vez, sustenta e reproduz esse imaginário de exclusão e de insucesso. Nas falas dos sujeitos caiçaras, procuramos identificar espaços de resistência a esse imaginário.